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PORTO VELHO
Nível do Rio Madeira tem maior cheia da história

Data da notícia: 18/02/2014
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(Da Redação/Portal G1) O nível do Rio Madeira em Rondônia chegou a 17,66 metros na manhã desta segunda-feira (17), de acordo com o chefe de operações da Defesa Civil da capital, Paulo Afonso. A marca é considerada histórica já que ultrapassa a maior já registrada em 1997 de 17,52 metros. O nível do Rio Madeira subiu 16 centímetros em menos de 12h. A Defesa Civil afirma que mais de mil famílias foram atingidas pela cheia do rio entre desabrigadas e desalojadas.

[IMG]http://www.correiopopular.net/LKN/Minhas Imagens/20140218-121.jpg[/IMG] O governo do estado decretou estado de emergência em quatro cidades: Porto Velho, Santa Luzia, Guajará-Mirim e Rolim de Moura. O município já havia decretado estado emergência há três semanas na capital. Há risco de famílias estarem isoladas, disse o comandante-geral do Corpo de Bombeiros de Rondônia, Lioberto Ubirajara Caetano de Souza. O trabalho se torna difícil por causa da grande extensão da bacia do Madeira, diz o comandante.
O ministro da Integração Nacional, Francisco José Teixeira, disse no sábado (15), durante visita ao estado, que poderá enviar a qualquer momento ajuda federal para o resgate de famílias atingidas.Homens das Forças Armadas já estão ajudando no trabalho de resgate das vítimas das enchentes.
A Eletrobras Distribuição Rondônia deu início, na sexta-feira (14), ao desligamento emergencial de energia nas residências afetadas pelas cheias do Rio Madeira em Porto Velho, principalmente, nos bairros Baixa da União, Balsa, Triângulo, Nacional e São Sebastião II, os mais atingidos. Em comunicado, a concessionária de energia no estado confirma que o fornecimento também já foi suspenso nas 5ª, 6ª e 7ª linhas da comunidade de Ribeirão, no município de Nova Mamoré. Diante de emergências o contato disponibilizado pela empresa é o 0800 647 0120.
Na região central de Porto Velho, a mais afetada, além dos moradores, os prédios do Tribunal Regional Eleitoral e Justiça Federal começaram a ser evacuados por causa da invasão da água do rio. Na quinta-feira (13), moradores do Bairro Triângulo fizeram protesto afirmando que a 'culpa' da cheia do rio é das usinas construídas no Madeira (Jirau e Santo Antônio).

FORTE CHUVA - As ondas formadas pela força da correnteza (banzeiro) do Rio Madeira ficaram mais fortes a partir da abertura das comportas das usinas hidrelétricas Santo Antônio e Jirau, segundo a Companhia de Pesquisas de Recursos Minerais (CPRM). No entanto, apesar de muitos moradores das áreas alagadas culparem os dois empreendimentos pela cheia do rio, a CPRM diz que este é um fenômeno natural e está sendo monitorado diariamente. As duas usinas negam qualquer influência na cheia do rio.

DESABRIGADOS - De acordo com a Defesa Civil, quatro escolas estão atendendo as pessoas que não têm para onde ir. O bispo da diocese de Porto Velho dom Moacyr Grechi determinou que todas as paróquias abram as portas para receber desabrigados. Um ginásio, na Zona Sul, está reservado e poderá receber famílias atingidas a qualquer momento. Voluntários trabalhavam na separação e organização dos donativos entregues pela população para a distribuição aos desabrigados. Pontos de coletas foram montados no shopping da capital, prefeitura e Corpo de Bombeiros. Alimentos, roupas, água, material de higiene e colchões estão entre os itens mais arrecadados.
Assistentes Sociais estão visitando abrigos para relacionar as necessidades de manutenção. A Polícia Militar afirma que uma equipe foi designada para fazer rondas durante o dia e a noite em cada abrigo. Nenhuma ocorrência foi registrada até o momento.

[B]Cidades isoladas [/B]

A BR-425 foi interditada na quarta-feira (12) por causa da invasão da água do Rio Mamoré, isolando os municípios de Guajará-Mirim e Nova Mamoré (distantes cerca de 300 quilômetros de Porto Velho) e os distritos de Vila Murtinho e Araras. A única ponte que dá acesso ás cidades foi encoberta pela água. Nos dois municípios já faltam combustíveis e o abastecimento de água mineral e alimentos estão comprometidos.
Em Nova Mamoré, cidade da região do Vale do Guaporé, a Defesa Civil informou que 640 pessoas estão desalojadas, em um total de 120 famílias. A cidade continua isolada via terrestre e os casos de urgência e emergência estão sendo encaminhados para a Capital, via aérea.
Da última terça-feira até o domingo a Defesa Civil removeu trinta e três pessoas que necessitavam de atendimento médico. O transporte dessas pessoas vem sendo feito com apoio de um helicóptero da Aeronáutica. O Corpo de Bombeiros, a Polícia Militar e o Exército ajudam as pessoas que precisam, como doentes em situação de risco, com o transporte para a capital através de helicópteros e aviões oficiais.
Por causa do isolamento, foi feito um desvio de cerca de 140 quilômetros até Guajará-Mirim, mas, após a passagem de carretas de combustíveis, a estrada teve que ser limitada ao tráfego de carros pequenos. Cerca de 100 pessoas tiveram que ser deslocadas de suas casas para escolas no município de Nova Mamoré. Em Guajará ainda não foi registrada a ocorrência de desabrigados, segundo o comandante do 6º Brigada de Infantaria e Selva Reginaldo Vieira de Abreu.

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